sábado, 23 de agosto de 2008

1980 - 2008



O Mundo é redondo, deve ser!... Só creio naquilo que vejo!


Minha mãe diz que nasci em 1980, eu penso muito nisso.. devo ter nascido mesmo. Em 1987 eu já ouvia o rock and roll de Cazuza. Anos depois eu ganhei meu primeiro disco, impossível esquecer aquele disquinho de rock, preto, com uma caveira. Rádio Pirata do RPM.. alí começava minha paixão pela música.


Em 1989 lembro de ter deixado para trás Bacabal e toda aquela década de vida. Fui para São Luis, na carroçeria de um caminhão, eu, a familia e um caminhão de esperança de dias melhores.


Fui morar em um quiosque na Cidade Operária, alí tudo era novo prá mim, menos o tino comercial.


Lembro do fogão duas bocas, das roupas, dos tabuleiros, e do clima novo de São Luis.


Meses depois fomos morar na Vila Flamengo, São José de Ribamar. Não durou muito tempo, daquela época lembro apenas de um corte no pé esquerdo e de ruas e areal que ali existia.


Morei no Apeadouro em São Luis e depois na Barraca, em São José de Ribamar. Alí, mudou o nome que hoje se chama Cidade Alta, mas a vida continua a mesma.


Abricó, Manga, Pitomba.. banhos no rio que hoje é esgoto.


1980 minha mãe diz que eu nasci. Deve ser isso mesmo. 2008 eu sei, eu vejo.


Saudações, Mêomu-Lêalá-Têótó.

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Olha o Geladinho..

Imagem é a ordem do dia. Todo mundo quer vender sua melhor imagem! Todo mundo tem vergonha das coisas do passado!...

Ou tempo bom...

Na minha infância eu vendi Geladinho.. saia pela rua com uma caixinha de isopor e gritava como um verdadeiro marketeiro:

- "Geladin.. " "Geladin..."
- Tem Geladinho de que menino?
- Tem de suco de morango e de uva!...

E ia eu, ganhando meus tustões.. feliz da vida.

Tempos depois resolvi ampliar minha rede.. e além da caixa de isopor, resolvi vender Pastel, então, tive que mudar minha estratégia de marketing.

- "Geladin, geladin, geladin, geladin... olha o pastel!"

Pronto.. tinha encontrado o meio de ganhar mais dinheiro! E vendia pastel com pimenta daquelas.. e o consumidor era obrigado a comprar o geladinho para refrescar...

Que tempo bom!..

Desses tempos, que tudo era dignidade.. e brincadeira. Trago algumas coisas na memória.

Em dias de chuva, em casa era lei, espelho e televisor cobertos com lençól.

Em dias de lua, brincavamos.. na rua, contato com outras crianças: Guerriô, 31 alerta e brincadeiras sadias.. que sem sabermos à época.. estávamos fazendo esporte!... Chick!

Que tempo bom, que não volta nunca mais..

Agora é orkut, msn e tantas coisas mais.

Uma pracinha ( cemitério )

Nessas viagens loucas que faço por todo o Maranhão, sempre levo comigo o mesmo pensamento. "Deus, me traga de volta para os braços dos meus amores."... Quando chego em casa, faço questão de beijar minha namorada-noiva-esposa-companheira e todos os adjetivos que eu puder impregar à Dona de meu coração: Cássia. Então, no dia seguinte vou de braços abertos olhar os meus amores.. Sobrinhas, irmãs e mãe.

Como é bom viver.

Volto para minhas viagens e o que mais vejo por aí, são os cemítérios.. Nossa.. quanta gente já morreu. De quando em quando vejo uma cruz na beira de uma estrada, e tento imaginar quantas lágrimas cairam ali. Quantas velas.. apagaram-se ali.. quantos quantos ainda vão existir.

Nessa minha última viagem, veio comigo uma amiga que sempre fala de seu namorado, enquanto pede para eu colocar o CD de Raça Negra.. aff.. Raça Negra é foda né?... bom, melhor que É o Tchan!.. rsrsrsrs

Eu coloco e quanto passo perto de um cemitério desses de beira de estrada digo:
-Doris, quer ficar aí nessa praçinha..
-Qual Gui?
-Oras.. essa aí!..

E todos nós rimos sem parar..